Março é o mês da mudança! Procrastinei, estiquei a precariedade ao máximo que pude, tentei-me convencer que conseguiria (sobre)viver desta forma mas...não dava mais! Vendo isto, o meu lado racional passou uma gigantesca rasteira ao lado emocional e, quando apanhou uma oportunidade, marcou viagem sem deixar margem para muitos recuos! Acho que foi melhor assim já que, se tivesse muito tempo para pensar, iria acabar por continuar a adiar a decisão! Os últimos tempos foram difíceis, por não saber o que fazer nem para que objetivos traçar para o futuro. O meu futuro. E é por ele que vou mudar! Espera-me muita nervoseira (na realidade, já sinto isso), muitos desafios e talvez esta mudança me dê novas oportunidades, oportunidades que espero há muito! Há-de ser bom!!!
O Natal é sempre um período que me transportam para um misto de emoções. Por um lado, a alegria de juntar a família (este ano, mesmo toda! Yeahhh), de me dedicar a procurar receitas para me lambuzar e tratar das decorações no quentinho do lar. O mais aborrecido de tudo é mesmo ter de comprar os presentes que, por vezes, são mesmo só para pôr debaixo da árvore de Natal. Mas, por outro lad, fico sempre (temporariamente) nostálgica a recordar outros Natais. Os momentos bem divertidos em família e a forma como, em criança, geria todos estes momentos. Éramos muitos mais na mesa, brincava com os meus primos até à exaustão (ou até ao sono e a rabugice chegarem) e deliciava-me com todos os doces da mesa sem pensar preocupações. Pedia alguns presentes mas nunca vivi muito nessa obsessão e nem me lembro quando deixei de acreditar no Pai Natal. Importante mesmo era a roupinha que escolhia e que ansiava estrear no dia 25. E, claro, estar com a família toda, ouvir estórias, rir, saborear a comida e os momentos. No fundo, isto é o que importa e o que realmente iremos recordar uns anos à frente. Tenho pena que as "listas" (de presentes) tenham reduzido esta data à compra desenfreada de tralhas e objetos. Gosto evidentemente de receber presentes mas há já uns 3 ou 4 anos que tenho deixado de pedir o que quer que seja porque vou comprando o que preciso quando quero e sou bem mais feliz assi. Prefiro a mesa cheia de pessoas felizes do que com a árvore cheia de embrulhos! Que seja um Natal muito feliz com saúde, risos e comida boa. Vou-me apressar a escolher os doces e as receitas!!!
Não sei se sabem (é bem possível que os quinhentos e cinquenta mil anúncios vos tenham passado ao lado) mas hoje é a Black Friday. Aquela sexta-feira que se segue ao Thanksgiving, tão celebrado em Portugal, e que leva as lojas a grandes descontos e as pessoas à loucura. Assim que me lembre, nunca pus os pézitos numa loja neste dia até porque não tenho muita paciência para histerias por um pedaço de pano. Para castigar esta minha veia não consumista, o universo talvez tenha decidido lembrar-me do espírito da data e tornar o início da minha sexta-feira um pouquito...negro. Nada de grave, é certo mas o suficiente para pôr à prova a minha paciência. Bem, então para começar, entrar às 7h da manhã. Ainda por cima, entrar às 7h para estar sentada toda a manhã a avisar as pessoas que a empresa tem novas instalações e se devem dirigir a estas (uma diversão e um trabalho muito frutífero). Depois, chegar ao trabalho e não haver internet. Ora, não tendo quase nada para fazer no trabalho, estando num segundo andar e não puder sair, não ter internet é assim uma grande chatice. Não consegui "marcar o ponto", não consegui ouvir música, ler notícias...enfim. Para tornar ainda melhor a situação, deixei o meu livro em casa (o que me arrependo de o ter tido na mão e depois o ter pousado a pensar que não seria necessário). Mas calma, não é tudo: tentei o telemóvel, a bateria estava nas lonas, o carregador não funciona. Usei os dados móveis do telemóvel durante algum tempo mas o mês já vai avançado e o consumo de dados também... Para condizer com o dia, o tempo também respeita o conceito de "Black" mas este é o aspeto não me chateia nada....
P.S.: Ao fim de duas horas, a abençoada internet voltou. Final (de trabalho) feliz!!
A motivação é meio caminho andado para agir. Depois, a pessoa trepa árvores, corre maratonas, nada as milhas que forem necessárias para conseguir. Eu funciono mais ou menos assim. O meu combustível é a motivação e saber que tenho mil coisas para fazer. Gosto da adrenalina de, ao deitar, traçar o trajeto para o dia seguinte e de gerir o imprevisto. Gosto de materializar muitas coisas, de chegar a casa com coisas para contar e de saber que a criatividade me faz crescer para algum lado. Porque quanto mais motivada a fazer eu estiver, mais coisas vou fazer e mais coisas vou arranjar para fazer. Coisas que me motivem, claro está! Há bocadinho, assistia ao programa Faz Sentido, transmitido na Sic Mulher e, para além da Ana Rita Clara ser a verdadeira inspiração, gosto de ouvir pessoas que conseguem ver a realidade de outros prismas e o programa de hoje foi rico em testemunhos desses. Na conversa que teve com o Coaching (de quem não sei o nome), falavam da necessidade e do incontornável estado de mudança na vida. Ouvi com atenção e, pelo momento que vivo, tentei estabelecer um paralelo para a minha vida para encontrar respostas. Segundo o Coaching, somos movidos por valores, isto é, quando nos falta algo, essa ausência é transformada em tristeza, insatisfação, motivação até se encontrar o que falta. E, pelo menos comigo, o declínio da motivação é o princípio de uma bola de neve que leva à frustração, tristeza, apatia e...mais desmotivação. Com o tempo e as tretas que vão acontecendo, só contribuem para aumentar a bola de neve e turvar o raciocínio. A pessoa até sorri mas por dentro, está na merda! A chave, segundo o tal Coaching, passa por encontrar ferramentas para agilizar a dita mudança sem dar dois tiros nos pés antes. Claro que tudo isto é muito lindo quando falamos de forma geral. Difícil é mesmo aplicar a uma situação em concreto, ainda para mais quando é a nossa vida e as consequências são para nós próprios. Podemos assumir que não estamos bem (eu assumo), que falta alguma coisa (eu assumo), até sabermos o que é preciso mudar (eu sei) mas não termos estrutura nem condições para iniciar essa mudança (eu também assumo, infelizmente). Mesmo prevendo uma mudança para os próximos tempos, não era a mudança que pretendia para mim e há dias em que não sei se terei coragem para o fazer. Sei que quero mudar, que estou demasiado confortável em alguns aspetos (o que é péssimo para evoluir), só tenho dúvidas sobre a direção. Receio estar a distanciar-me do meu objetivo de vida, do meu verdadeiro caminho, daquilo em que posso ser realmente útil e sentir-me feliz mas a vida deve ser mesmo assim. Andar, errar, corrigir os erros e continuar a andar até voltar a errar. E, se houver alguma inteligência, aprende-se para não errar no mesmo depois! E, como costuma dizer o povo (detesto esta expressão), "muda, que Deus ajuda!" Ámen!!!
Estou em pleno processo de aprendizagem de uma língua para conseguir tratar de papeladas e sair do país. Contrariad(íssim)a mas as vontades não nos sustentam.
Tendo em conta que estou apenas a recordar e aperfeiçoar o que já aprendi na escola, o desafio poderia ficar mais facilitado mas, pensando na minha inaptidão para novos dialectos, posso dizer que isto está um pouquito mais difícil do que o expectável. Não me tenho dedicado a 100% como desejava porque o trabalho, o cansaço e a preguiça não o têm permitido. Estou atenta nas aulas (por skype, uma verdadeira maravilha), faço todos os trabalhos de casa (qual aluna aplicada...) mas ainda sinto muitas dificuldades para interpretar o que oiço. Tenho o ouvido muito duro e isso não ajuda nada! Oiço músicas e alguns videos informativos mas tudo muito simples para não dar o nó na minha cabeça. Leio artigos de temas que me agradam e notícias, faço exercícios sobre os temas mais importantes para a adaptação a um novo país e tento traduzir mentalmente aquilo que vou dizendo para perceber as dificuldades que posso ter. Também já li artigos com dicas de aprendizagem a ver se descobria alguma miraculosa mas não passa do ouvir, repetir, ler notícias e ver vídeos. Nada de novo!
Quando me meti nisto (de cabeça, diga-se), julgava que a evolução seria mais rápida de forma a despachar-me com as burocracias. A pouca vontade que tenho de ir, é inversamente propocional àquela que me impele a querer sair com rapidez por não perspetivar nada decente por cá e por estar exausta com esta forma de trabalhar.
Têm-me dito para me mandar sem pensar muito porque conhecem primos e vizinhos dos amigos que também não percebiam puto de outras línguas e assim que chegaram aos países de destino, "safaram-se". O problema é que eu não gosto de me "safar" apenas até porque a minha profissão obriga-me a perceber com algum rigor o que me dizem. Gosto de sentir o piso bem firme. Ainda para mais, quando estou a umas boas centenas de quilómetros do meu doce lar e sem as condições a que estou habituada.
Hoje há mais uma aula e era asim espetacular se conseguisse perceber tudo o que a profesora dissesse só que não me parece (a menos que passe a aula a contar até 100....).
Os incêndios dos últimos meses (ou anos) são algo que mexe comigo como acredito que mexa com (quase) todos os que têm sangue a circular nas veias. Já abordei este assunto diversas vezes, enervo-me de cada que o faço aqui ou falo do assunto com alguém porque…é incompreensível! Sou um verdadeiro zero à esquerda no que diz respeito a incêndios, ordenamento do território e só compreendo o significado do contra-fogo porque alguém me explicou mas sou capaz de jurar que uns 99,8% dos incêndios que deflagraram em florestas e perto de zonas residenciais foram postos. Com mais ou menos consciência e intenção disso. Ainda naquele domingo dramático, com um calor horrível e poeira por todos os lados, a minha vizinha achou que era boa ideia fazer uma fogueirinha no seu terreno que é, todo o ele, circundado por pinhal! Ela já é uma “habitué” nestas lides de fazer fogueiras para queimar lixo (???) ou ervas (???), várias vezes por semana, seja "epoca de incêndios" ou não. Acredito que haja mais casos destes mas não me venham com a treta que o calor e os furacões e as alterações climáticas é que provocam os incêndios. É óbvio para todos que é a nossa negligência que os acende e alimenta. Não há regras para o ordenamento do território e para a proteção da floresta, não existe legislação aplicável para a limpeza de terrenos públicos ou privados e até as estradas têm arbustos quase na faixa de rodagem que dificultam a codução mas isso parece só importar os condutores (sei do que falo, na minha terra há várias estradas de acesso a auto-estradas nesta condição).
Posto isto, queixamo-nos de quê?!
O meu primeiro recado segue direitinho para todos nós, cidadãos deste país, por várias razões. Quem tem um terreno, nem que seja um metro quadrado de terra, deve perceber que o deve zelar da melhor forma possível e a limpeza do mesmo parece-me assim dos aspetos mais importantes. Para além disto, acho importante educar as pessoas para o respeito da Natureza porque, infelizmente, já é banal ver lixo pelo chão, gastar recursos como papel, plástico ou energia à maluca ou fazer queimadas porque lhes apetece. Todos estes comportamentos são negligentes, sejam eles praticados dentro das épocas permitidas ou não. A proteção do ambiente não deve acontecer apenas no inverno ou quando sentimos que também nos pode acontecer a nós! A propósito disto, há uns tempos o meu pai conversava com o dono de um dos terrenos perto da nossa casa (que o meu pai limpa há anos para evitar riscos) e este disse com todo o orgulho que se (o terreno) ardesse já ficaria limpo e não dava mais chatices! Esta é a mentalidade de alguém que possui uma infinidade de hectares por esse país fora e não consegue ver mais do que o seu umbigo mas que se extende, infelizmente, a alguns elementos da polícia. Há coisa de dois anos, os meus pais contactaram-nos para que estes aplicassem a legislação existente para a limpeza dos terrenos (vivemos rodeados por pinhais de 3 proprietários diferentes). O cúmulo da estupidez surge quando o comandante da GNR da nossa zona refere, todo o orgulhoso que a legislação estabelece a limpeza de 50 metros em redor de resiências mas a sua aplicabilidade dependeria da sua decisão! Está certinho. Se, porventura, arder algum terreno, quero ver quem assume a responsabilidade do senhor comandante da treta!
Por outro lado, os políticos (também eles cidadãos) e as autoridades são incompetentes e têm muitas culpas no cartório. Não falo deste governo, nem do anterior mas de todos os que permitiram que tantos incêndios deflagrassem no país a ponto de alguém criar a designação de época de incêndios em vez de acionar medidas eficazes para os combater. São lamentáveis todas as vidas que já se perderam, todos os bens que arderam e toda a floresta que se perdeu. É assim desde que me lembro de existir. No momento dos desastres, todos lamentam, todos envergam gravatas negras e declaram luto nacional e até aos funerais das vítimas vão. Depois, "esquecem-se" de agir! Porque é difícil, porque é exigente, porque existem interesses poderosos a comandar tudo isto e porque os incêndios dão lucro a alguém. E o que me assusta é esta perspetiva. Que pessoas são estas que lucram com a tragédia? Que sabor tem o dinheiro quando é ganho com o sacrifício da vida de alguém e dos bens de alguém?
Fico revoltada com tudo isto mas principalmente quando vejo os discursos políticos sobre a matéria. Contrariamente à maioria, não considerei o discurso do Presidente da República a lufada de ar fresco que tantos reclamavam. É a figura política mais poderosa do país e o homem que pode, de facto, impor mudanças profundas neste assunto. Há 4 meses, vimos uma tragédia grande o suficiente para não se permitir que mais alguém morresse em incêndios ou que se perdessem mais bens ou hectares de floresta. É preciso agir. Ontem, preferencialmente! Algumas medidas já foram lançadas mas, acredito eu, falta o essencial: responsabilizar-NOS. Se todos fizeremos a nossa parte na limpeza de terrenos, na evicção de queimadas e na preservação da floresta, as coisas podem mudar. Vamos lá deixar o discurso habitual e fazer, em primeiro lugar, a nossa função. Só assim podemos exigir de outros e só assim algo pode efetivamente mudar e evitar um país negro e enlutado a cada Verão!
Depois de uma férias forçadas pela falta de vontade de escrever, pelo trabalho inconstante e pelo cansaço, apeteceu-me voltar. Parece que abandonei o barco mas foi mesmo só isso, falta de vontade e disposição para isto e para muitas outras coisas. Para além dos dias de calor e sol, o Verão trouxe-me também a necessidade mais profunda de pensar e refletir sobre a minha vida e o meu futuro, resultado de um cansaço generalizado, de falta de motivação e energia para o dia-a-dia. Sinto-me exausta do trabalho inseguro e explorado e do descaramento de quem emprega, da falta de novidade dos dias e do sentimento de utilidade. Todos nós somos mais que trabalho mas ele representa muito, pelo menos no meu dia: não é apenas a subsistência financeira mas também o desenvolvimento de capacidades, os novos conhecimentos, a interação com outros e aquela coisa de me sentir útil que acho que é comum a tantas pessoas! Sinto falta dos dias frenéticos e cheios de coisas. De sentir que evolui de alguma forma e contribui para a vida de alguém! Tenho uma enorme paixão pela saúde, por perceber a mente e o corpo, por proporcionar saúde e qualidade de vida. Esses são, para mim, os meus objetivos de vida. Quero-o para mim, para os meus e para os outros, daí ser tão determinada com muitos dos alicerces que considero fulcrais para uma vida cheia de saúde.
Apesar de ter concluído o meu curso e de trabalhar na área, acho que a irregularidade dos trabalhos que vou tendo, somada a outros fatores relacionados com o exercício da profissão e o meu desenvolvimento pessoal me foram empurrando lentamente para outros caminhos embora não preveja uma mudança de ramo profisisonal. Não temos de ser o mesmo toda a vida mas há mudanças que implicam bem mais do que vontade e esse é o meu caso. A mudança há-de vir, só que tem de vir com calma e talvez implique outras mudanças de vida que nem sei bem se estarei preparada para as levar a cabo. Gosto de tudo demasiado planeado (ao minuto, às vezes) e sei que isso retira surpresa (e vida) à vida! Fico velhinha a tentar que não me escapem coisas entre os dedos e talvez por esta razão tenha atingido a exaustão física e mental e tenha sido "obrigada" por mim mesma a introduzir algumas mudanças para aceitar e compreender melhor os imprevistos que a vida traz e...relativizar. No dia das eleições americanas e quando tudo apontava que Trump as vencesse, lembro-me que o Obama disse qualquer coisa como "Qualquer que seja o resultado, amanhã o sol voltará a nascer" e também assim é na vida. Com mais ou menos nuvens, com chuva ou trovoada, o sol acaba sempre por nascer e cada dia traz outra oportunidade para aprender. E, muitas vezes, basta mudar a perspetiva para tudo se tornar muito melhor!
Não poderia ficar indiferente ao que se passou este fim de semana. E se escrever é (para mim) uma forma de pensar, organizar ideias e refletir pois que também é oportuno que pense sobre uma desgraça destas. Não será possível colocar-me na posição de quem viveu aquele inferno ou perder alguém/algo com ele. A sensação de impotência, medo, tristeza profunda deve estar lado a lado com a de raiva e perplexidade perante uma Natureza que tanto nos dá de belo como nos tira o que demais importante temos assim, sem dó nem piedade. É desolador ver os rostos do sofrimento. É angustiante pensar nas famílias que perderam pessoas. É impossível não pensar por um segundo que seja: E se fosse eu ali? É terrível e é um pensamento que já desviei vezes sem conta face ao sentimento que se apodera de mim! Desde que isto aconteceu que agradeço mais e mais vezes a minha vida e a dos meus. Viver, ter saúde e ter família é demasiado bom! No meio de tanta desgraça, esta é a melhor parte. Estar vivo! Pena é que todos os anos tenhamos que assistir a isto! Vivemos num país absolutamente maravilhoso em diversas perspetivas mas damos cabo dele por não estabelecermos as prioridades certas. Não existe legislação que tutele estas matérias, não existem acessos às florestas e não há ninguém que as vigie de forma a evitar ou minimizar os incêndios. Não existe financiamento mas têm de existir recursos para se fazer face às tragédias. Quantas pessoas mais terão de morrer para se dar um murro na mesa? Quantas mais pessoas ficaram sem casa ou outros bens para que os poderosos continuem a ganhar dinheiro com a desgraça de outros? Que país é este que permite a destruição de uma das suas maiores riquezas? Não entendo tanta apatia dos políticos, tão pouca vontade de resolver os problemas, tanta indiferença perante as perdas a que assitimos todos os anos! Este incêndio até pode ter sido provocado por trovoadas secas mas tantos outros tiveram origem criminosa e atingiram proporções gigantescas por falta de cuidado com as nossas matas. Tanta gente no desemprego e não há ninguém que se lembre de contratar estas pessoas para fazer limpeza? Tantos militares que temos em funções mas só são recrutados para situações de catástrofe? Revolta-me profundamente a passividade com que se gere este assunto até porque o medo de isto acontecer está sempre presente, ainda mais vendo estas notícias. Vivo numa zona intensamente arborizada e, por mais que se solicite aos donos que façam a limpeza das suas propriedades, estes assobiam para o lado e fingem não ser nada com eles. Vivem no mais puro egocentrismo como se as suas matas estivessem livres de qualquer incêndio! Só gostaria de abrir a cabeça destas pessoas e colocar-lhes ideias do bem lá para dentro! Pode custar pagar a limpeza destes terrenos mas (acho que) custará bem mais assistir à desgraça dos outros! Às vezes, era bom viver numa mundo de fantasia e ter lâmpada do Aladino para pedir que estas merdas acabassem de vez mas, infelizmente, tem que se contar com a capacidade dos Homens para resolver isto. E o problema é que quase sempre, resolve-se mal!
Há dias do caraças e o de ontem merece um grande BUUUUU! Entre confusões com horários, atrasos, reuniões meio-marcadas-e-desmarcadas, catrefadas de papéis em atraso para despachar, tudo (ou quase tudo, vá) correu mal! Entrei em casa com aquele sentimento de frustração, indignação comigo mesma e vontade de me desgraçar numa bela fatia de um bolo qualquer bem regado que não resolvia nada mas acalmava a minha fúria (e a minha celulite)! É importante pensar que cheguei viva (que estou viva) e que os meus se encontram bem mas nos momentos mais quentes não existe clareza que permita pensamentos destes mas a realidade é que estes dias são importantes para aprender (a ter paciência, por exemplo), a ser mais resiliente e, no meu caso, ser menos relaxada em alguns aspetos. Por que há sempre qualquer coisa que foge dos planos, há sempre pormenores alterados em última hora, há viagens que demoram mais e a combinação de tudo isto dá asneira da grossa! Tenho de corrigir em mim, é uma das missões para este ano mas sou tótó ao ponto de deixar para o fim (mas mesmo para o fiiiiiim de tudo) aquilo que menos gosto de fazer! Tenho de ganhar juízo....
A cara do Papa Francisco! Se por um lado me dá uma vontade de rir tremenda, já que o Trump está com um sorriso parvo/cínico/idiota e pensa que nos faz passar a todos por parvos, o Papa Francisco evidencia a posição (política) que já defendeu anteriormente face à postura de Trump e manifesta-a na sua expressão dura, que poucas vezes lhe conhecemos! De notar ainda a diferença nas cores das roupas, o que também nos permitiria reflexões algo interessantes!