Acho que desde que acabei o curso, nunca desejei tanto um dia de descanso a meio da semana. E tudo isto se deve ao facto de ter começado esta semana umas aulas de alemão que, independentemente de serem muito interessantes, me estão a queimar o cérebro e a roubar as minhas preciosas horas de sono. Já tinha saudades de ter dias assim, muito agitados e com muita coisa para fazer mas os primeiros dias são sempre mais complicados!! Hoje, por exemplo, arranjei-me com alguma calma mas saí de casa à pressa, à tarde saí das aulas a correr para conseguir chegar ao comboio a tempo e depois fiz uma data de km para entregar um CV que, descobri depois, não poderia ser deixado naquele local. Foi "a cereja no topo do bolo" de um dia infernal. Amanhã, como devem calcular, passarei o dia do trabalhador a descansar. Sou muito fraquinha nestas coisas e não aguento muitos dias destes! Entretanto, enquanto escrevia, mandei abaixo umas amêndo(zinh)as e talvez não fosse mal pensado fazer qualquer coisa para acabar com elas....só para não haver mais queixas do que é normal no Verão.
Isto já foi no fim de semana, eu sei, mas só hoje de manhã me chegou aos ouvidos aquela história do idiota adepto que atirou uma banana a Daniel Alves. Assim a primeira coisa que me ocorre dizer é que foi uma estupidez daquelas (mesmo) grandes. É com atitudes destas que percebemos que (ainda) temos ao nosso lado gente desta, que olha de lado uma pessoa apenas porque a cor da pele é mais escura ou os olhos são mais afiados. Por um lado, acho lamentável esta atitude (e quaisquer outras deste género) mas por outro, "ainda bem" que o fez, já que agora foi banido dos estádios de futebol (e não dará mais espectáculos destes) e também ele terá a oportunidade de sentir na pele o que é a discriminação (com razão) tal foi a onda anti-racismo gerada nas redes sociais. Não há dúvida que perdeu uma oportunidade para estar quietinho! Somos todos macacos!!!
Depois de um dia "dos infernos" (depois conto), fiquei a saber que hoje era o dia do sorriso. E eu gosto de rir, sorrir, gargalhar e gosto de ver quem me rodeia bem disposto também. Hoje não foi um dia exemplar nesse aspecto mas amanhã será melhor, com certeza. Agora vou com um grande sorriso para a minha cama (também é um grande motivo para sorrir, não digam que não)!
O tempo que vejo da minha janela é do mais deprimente que há! Chuva, vento, frio...tudo aquilo que já não esperava no fim de Abril. Muito menos num fim-de-semana! Tristeza!! Mas como nada se pode fazer para mudar esta realidade, há que disfrutar, na medida do possível!
Hoje vou aproveitar para "domingar", já que amanhã estarei fora de casa a maior parte do dia porque tenho uma festa de família (avizinha-se uma grande desgraça à mesa ahahah). E quais são os melhores companheiros para estes dias? Os meus serão uns livrinhos que já pedem há muito para serem lidos, um cházinho bem quente e, claro, o "maldito" do computador que está sempre a aliciar-me com as redes sociais...e eu não vou resistir!!
Hoje é incontornável o tema do quadragésimo aniversário da Revolução. Este dia deverá ser o mais importante para o nosso país, por razões tão óbvias que não carecem de justificação. Alcançaram-se liberdades fundamentais para a vida digna, justa e igualitária em sociedade: a liberdade de expressão, a liberdade de voto, a igualdade entre géneros e muitos, muitos outros valores que, certamente, aqueles que passaram por esta fase darão mais valor do que eu, que já nasci em democracia e que soube dos factos pelos livros de História. Lamentavelmente, sei muito pouco do 25 de Abril. E é um grande lapso que tenho de corrigir com máxima urgência. Porque de cada vez que se fala desta Revolução tenho a consciência da sua grandeza e do acto heróico que foi por parte de quem a pensou e executou.
A celebração de mais um aniversário trouxe consigo trocas de palavras entre quem nada fez por esta mudança e aqueles que a executaram. É lamentável que não lhes tenham dado a palavra na cerimónia oficial mas, na minha opinião, é revelador do carácter dos políticos que temos. Suspeito que estarão mais personalidades históricas na cerimónia improvisada pelos Capitães do que na Assembleia da República, mas isso é outro assunto!
Voltando ao 25 de Abril, muito se tem falado na violação dos direitos alcançados, nomeadamente, pela classe trabalhadora e pensionistas. A saúde, a educação e a cultura, pilares fundamentais de um país evoluído, veêm os seus orçamentos cegamente cortados, o que prejudica a execução das suas funções. Milhares de jovens têm abandonado o país nos últimos meses, permitindo que outras nações lucrem com a formação (de excelência) dada a estes novos emigrantes. O retrato do país é negro, muito negro até, mas eu acredito que superamos mais esta crise. Só que acho que nós, cidadãos e votantes deste país teremos de mudar a nossa atitude perante a política e os políticos. É importante ver, ler e ouvir noticías de diferentes fontes para ter opinião fundada do que se passa (mesmo sendo absolutamente esgotante fazê-lo) e é fundamental exercer o direito de voto. Porque agora é uma escolha nossa e é das coisas que mais tenho receio de perder. Já passei por algumas eleições (não muitas), nem sempre ganhou quem votei mas ainda assim, senti que fiz a minha obrigação. Afinal de contas, não faz muito sentido reclamar de algo para o qual não se contribuiu. É assim que vejo aqueles que não votam e depois se fartam de reclamar de tudo, não tendo qualquer legitimidade para isso.
Antes de terminar, deixo-vos só o meu desejo: que este dia seja celebrado por muitos anos e as dificuldades vividas na ditadura não sejam mais do que relatos distantes. Liberdade sempre!!!
Eu gosto muito de ver televisão. É verdade que já gostei mais mas ainda continua a ser uma das minhas actividades favoritas, principalmente quando não me apetece fazer rigorosamente nada. O que eu já não gosto muito é da programação. Os generalistas então, são peritos em colocar na grelha programas entediantes e muiito deprimentes. Não digo que não veja, porque não é verdade mas evito alguns, a bem da saúde mental. As novelas também são para esquecer: sempre as mesmas histórias, ainda que com contornos ligeiramente diferentes mas esticadas para atingir prazos que todos sabem não contribuir para o sucesso da história. É claro que também há programas muito bons, já aqui falei do The Voice, que até agora me parece o melhor programa deste formato de "caça-talentos". Depois há aqueles programas das tardes do fim-de-semana que eu não sei bem o que dizer deles. São chatos, desinteressantes mas mostram aquilo que existe em Portugal - de bom e de mau - para aqueles que não conhecem. Na realidade o que mais me incomoda são as publicidades aos prémios ofertados nestes mesmo programas, que eu acho que muitas vezes, são um incentivo ao gasto desmesurado por serem prémios tão elevados para gastar num curto período - um ano. É irritante ver os anúncios: passam inúmeras vezes, são demorados e os apresentadores tornam-se insuportáveis ao tentarem que os espectadores liguem naqueles minutos que dizem ser mágicos e aumentam as probabilidades de vitória. A televisão era melhor antes destes anúncios, por isso, deixo uma sugestãozinha a quem dirige estas coisas: arranjem outras publicidades, estas cansam!
Há uns dias estive em contacto com...a-do-les-cen-tes! Não foi por vontade própria mas calhou estarem no mesmo sítio onde eu tinha (mesmo) de estar. Não deu para fugir para lado nenhum, não tinha tampões para colocar nos ouvidos, pelo que vivi uns momentos de verdadeira tortura.
Não é novidade que a adolescência é a fase mais ridícula da nossa vida. Principalmente da vida das raparigas. São as inseguranças com o corpo, o turbilhão hormonal que nos muda o humor de um minuto para o outro e mais umas quinhentas coisas que tornam os dias complicados de viver. Eu compreendo tudo isto, também já passei por esta fase! O que me parece é que as (e os) adolescentes do presente sofrem de tudo isto mas num grau muitíssimo superior!
No tempo que lá estive, vi as miúdas sempre agarradas aos seus concorridos telemóveis, vi-as disputarem o mesmo rapaz (tão típiiico) e até vi uma delas a chorar por causa do diário. Tudo isto acompanhado daqueles gritinhos estéricos que enervam qualquer santo! Mas vamos por partes: quando cheguei falavam de um amiguinho que nem sequer lá estava e , que, supostamente, namora com uma mas "anda aos filmes" com as outras duas (esta expressão é mesmo delas). Depois de terem berrado várias vezes que eram as eleitas do moço, focaram-se na namorada oficial ou melhor, no diário dela. Queriam que ela lhes lesse uns trechos sobre a "relação" que mantinha com o adorado rapaz. A miúda recusou por ser um objecto muito pessoal mas, ao invés de guardar o diário na mochila e evitar mais confusões, deixou-o em cima da mesa, mesmo a jeito das "amigas" lhe pegarem e fazerem dele o que quisessem. Acho que não será preciso dizer que foi mesmo isso que aconteceu. Pegaram no diário, com pouca resistência por parte da dona e leram durante uns cinco segundos até à miúda começar com gritinhos a manifestar-se ofendida. Quando eu pensava que a situação não piorava, eis que a (irritante) miúda que pegou no diário o deixou cair com tão pouco cuidado na secretária que rasgou a capa ou dobrou uma folha ou sei lá bem o que aconteceu. O que se seguiu eu só tinha visto em novelas: a miúda, ao perceber que o diário se estragou, começa a chorar e desata a correr corredor fora para a casa de banho. As amiguinhas riram-se que nem perdidas e a minha vontade era fazer o mesmo, confesso. Já não convivia assim com malta destas há algum tempo de maneira que já não me lembrava bem do que os jovens adolescentes eram capazes. Mas uma coisa eu tenho a certeza, não quero viver momentos destes nos próximos tempos. Eu sei que eles são o futuro (que medo) mas fiquei cansada de os ouvir...e de os ver!