Não sei se sabem (é bem possível que os quinhentos e cinquenta mil anúncios vos tenham passado ao lado) mas hoje é a Black Friday. Aquela sexta-feira que se segue ao Thanksgiving, tão celebrado em Portugal, e que leva as lojas a grandes descontos e as pessoas à loucura. Assim que me lembre, nunca pus os pézitos numa loja neste dia até porque não tenho muita paciência para histerias por um pedaço de pano. Para castigar esta minha veia não consumista, o universo talvez tenha decidido lembrar-me do espírito da data e tornar o início da minha sexta-feira um pouquito...negro. Nada de grave, é certo mas o suficiente para pôr à prova a minha paciência. Bem, então para começar, entrar às 7h da manhã. Ainda por cima, entrar às 7h para estar sentada toda a manhã a avisar as pessoas que a empresa tem novas instalações e se devem dirigir a estas (uma diversão e um trabalho muito frutífero). Depois, chegar ao trabalho e não haver internet. Ora, não tendo quase nada para fazer no trabalho, estando num segundo andar e não puder sair, não ter internet é assim uma grande chatice. Não consegui "marcar o ponto", não consegui ouvir música, ler notícias...enfim. Para tornar ainda melhor a situação, deixei o meu livro em casa (o que me arrependo de o ter tido na mão e depois o ter pousado a pensar que não seria necessário). Mas calma, não é tudo: tentei o telemóvel, a bateria estava nas lonas, o carregador não funciona. Usei os dados móveis do telemóvel durante algum tempo mas o mês já vai avançado e o consumo de dados também... Para condizer com o dia, o tempo também respeita o conceito de "Black" mas este é o aspeto não me chateia nada....
P.S.: Ao fim de duas horas, a abençoada internet voltou. Final (de trabalho) feliz!!
A motivação é meio caminho andado para agir. Depois, a pessoa trepa árvores, corre maratonas, nada as milhas que forem necessárias para conseguir. Eu funciono mais ou menos assim. O meu combustível é a motivação e saber que tenho mil coisas para fazer. Gosto da adrenalina de, ao deitar, traçar o trajeto para o dia seguinte e de gerir o imprevisto. Gosto de materializar muitas coisas, de chegar a casa com coisas para contar e de saber que a criatividade me faz crescer para algum lado. Porque quanto mais motivada a fazer eu estiver, mais coisas vou fazer e mais coisas vou arranjar para fazer. Coisas que me motivem, claro está! Há bocadinho, assistia ao programa Faz Sentido, transmitido na Sic Mulher e, para além da Ana Rita Clara ser a verdadeira inspiração, gosto de ouvir pessoas que conseguem ver a realidade de outros prismas e o programa de hoje foi rico em testemunhos desses. Na conversa que teve com o Coaching (de quem não sei o nome), falavam da necessidade e do incontornável estado de mudança na vida. Ouvi com atenção e, pelo momento que vivo, tentei estabelecer um paralelo para a minha vida para encontrar respostas. Segundo o Coaching, somos movidos por valores, isto é, quando nos falta algo, essa ausência é transformada em tristeza, insatisfação, motivação até se encontrar o que falta. E, pelo menos comigo, o declínio da motivação é o princípio de uma bola de neve que leva à frustração, tristeza, apatia e...mais desmotivação. Com o tempo e as tretas que vão acontecendo, só contribuem para aumentar a bola de neve e turvar o raciocínio. A pessoa até sorri mas por dentro, está na merda! A chave, segundo o tal Coaching, passa por encontrar ferramentas para agilizar a dita mudança sem dar dois tiros nos pés antes. Claro que tudo isto é muito lindo quando falamos de forma geral. Difícil é mesmo aplicar a uma situação em concreto, ainda para mais quando é a nossa vida e as consequências são para nós próprios. Podemos assumir que não estamos bem (eu assumo), que falta alguma coisa (eu assumo), até sabermos o que é preciso mudar (eu sei) mas não termos estrutura nem condições para iniciar essa mudança (eu também assumo, infelizmente). Mesmo prevendo uma mudança para os próximos tempos, não era a mudança que pretendia para mim e há dias em que não sei se terei coragem para o fazer. Sei que quero mudar, que estou demasiado confortável em alguns aspetos (o que é péssimo para evoluir), só tenho dúvidas sobre a direção. Receio estar a distanciar-me do meu objetivo de vida, do meu verdadeiro caminho, daquilo em que posso ser realmente útil e sentir-me feliz mas a vida deve ser mesmo assim. Andar, errar, corrigir os erros e continuar a andar até voltar a errar. E, se houver alguma inteligência, aprende-se para não errar no mesmo depois! E, como costuma dizer o povo (detesto esta expressão), "muda, que Deus ajuda!" Ámen!!!
Estou em pleno processo de aprendizagem de uma língua para conseguir tratar de papeladas e sair do país. Contrariad(íssim)a mas as vontades não nos sustentam.
Tendo em conta que estou apenas a recordar e aperfeiçoar o que já aprendi na escola, o desafio poderia ficar mais facilitado mas, pensando na minha inaptidão para novos dialectos, posso dizer que isto está um pouquito mais difícil do que o expectável. Não me tenho dedicado a 100% como desejava porque o trabalho, o cansaço e a preguiça não o têm permitido. Estou atenta nas aulas (por skype, uma verdadeira maravilha), faço todos os trabalhos de casa (qual aluna aplicada...) mas ainda sinto muitas dificuldades para interpretar o que oiço. Tenho o ouvido muito duro e isso não ajuda nada! Oiço músicas e alguns videos informativos mas tudo muito simples para não dar o nó na minha cabeça. Leio artigos de temas que me agradam e notícias, faço exercícios sobre os temas mais importantes para a adaptação a um novo país e tento traduzir mentalmente aquilo que vou dizendo para perceber as dificuldades que posso ter. Também já li artigos com dicas de aprendizagem a ver se descobria alguma miraculosa mas não passa do ouvir, repetir, ler notícias e ver vídeos. Nada de novo!
Quando me meti nisto (de cabeça, diga-se), julgava que a evolução seria mais rápida de forma a despachar-me com as burocracias. A pouca vontade que tenho de ir, é inversamente propocional àquela que me impele a querer sair com rapidez por não perspetivar nada decente por cá e por estar exausta com esta forma de trabalhar.
Têm-me dito para me mandar sem pensar muito porque conhecem primos e vizinhos dos amigos que também não percebiam puto de outras línguas e assim que chegaram aos países de destino, "safaram-se". O problema é que eu não gosto de me "safar" apenas até porque a minha profissão obriga-me a perceber com algum rigor o que me dizem. Gosto de sentir o piso bem firme. Ainda para mais, quando estou a umas boas centenas de quilómetros do meu doce lar e sem as condições a que estou habituada.
Hoje há mais uma aula e era asim espetacular se conseguisse perceber tudo o que a profesora dissesse só que não me parece (a menos que passe a aula a contar até 100....).