Devia ser sempre ano de eleições
De quatro em quatro anos vivemos melhor. Parece que os frutos do "trabalho" feito nas legislaturas se refletem sempre no último ano desta que, por coincidência, é no ano em que voltamos às urnas. Incrível ou não, a verdade é que sempre foi assim e 2015 não será diferente. Temos ouvido que o desemprego tem vindo a baixar, que se confirma o crescimento económico e até a criminalidade foi menor no último ano, só que basta-nos estarmos atentos a algumas notícias para ver que algumas informações não são bem assim. No caso do desemprego, por exemplo, diz-se que baixou mas esquecem-se de esclarecer qual o peso daqueles que saíram do país neste indicador e a Segurança Social não informa qual o verdadeiro número de portugueses que vivem sem qualquer apoio do estado (e que deixam de figurar na extensa lista de desempregados). E dizem uns que o país está melhor (os portugueses é que não), que estamos a ultrapassar esta crise e que no "pós-troika" será melhor. A verdade é que olho as notícias e vejo carros topos de gama serem sorteados (parece que o país virou Santa Casa), casos de burlas milionárias prescreverem, pessoas que (sobre)vivem miseravelmente porque não têm qualquer rendimento. Espero, sinceramente, que 2015 seja um ano melhor para quem vive pior (dizem que o IRS vaixará). Sei que os tais benefícios são "sol de pouca dura" mas pelo menos aliviam aqueles que foram forçados a viver para pagar esta crise que outros causaram!